segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Viroses

Viroses


O termo virose designa qualquer doença causada por um vírus. Os médicos costumam se referir a viroses como doenças benignas como resfriados ou verrugas, mas o termo obviamente se aplica também a doenças graves como AIDS e até mesmo algumas formas de leucemia. Outras formas comuns são herpes, diarréia, mononucleose infecciosa, pneumonia, conjuntivite, hepatite, varíola e meningite. A maioria dessas doenças podem também ser causadas por bactérias e outros agentes, quando tendem a ser mais agressivas, com febre mais alta.

O tratamento de uma virose é um desafio para a Medicina, pois os antivirais disponíveis ainda são medicamentos pouco eficazes. De outra parte, muitas viroses são autolimitadas, isto é, desaparecem espontaneamente.

Varíola


A varíola é uma doença infecto-contagiosa. É causada por um Orthopoxvirus, um dos maiores vírus que infectam seres humanos, com cerca de 300 nanometros de diâmetro, o que é suficientemente grande para ser visto como um ponto ao microscópio óptico (o único vírus que causa doença também visível desta forma é o vírus do molusco contagioso). O vírus tem envelope (membrana lípidica própria). O seu genoma é de DNA e é dos mais complexos existentes. O vírus fabrica as suas proteínas e replica-se numa área localizada do citoplasma da célula hóspede, sendo um dos poucos vírus com essa capacidade de se localizar em corpos de inclusão de Guarnieri, ou fábricas. O seu genoma é de quase 100 000 pares de bases, um dos maiores genomas virais.
O DNA é bicatenar (hélice dupla) linear e com as extremidades fundidas. Ao contrário dos outros vírus, ele contém dentro de si suficiente quantidade das enzimas necessárias à produção de ácidos nucleicos, e ao seu ciclo de vida, e utiliza apenas a maquinaria de síntese proteica da célula. Daí que é dos poucos vírus de DNA citoplasmáticos.
O vírus entra na célula por ligação a receptor membranar especifico e fusão do seu envelope com a membrana celular. Cada célula infectada é destruída com produção de 10000 novos vírus.

VÍRUS DA VARÍOLA

A membrana (em verde) o ajuda invadir as células, onde multiplica seu material genético (em laranja).


Modo de transmissão: gotículas de saliva, contato direto, objetos contaminados (copos, garfos, etc.)

Modo de infecção: o vírus penetra pelas mucosas das vias respiratórias, dissemina-se pela corrente circulatória e instala-se na pele e mucosas, causando as ulcerações características da doença.

Medidas de controle: vacinação com linhagem de vírus atenuado (uma linhagem que ataca o gado bovino, isto é, vacina de vírus vivos).
A varíola matou quase 500 milhões de pessoas só no século XX. O último caso registrado de varíola ocorreu na Somália em 1977 e o seu vírus hoje só é guardado em dois laboratórios governamentais bem vigiados, nos EUA e na Sibéria, Rússia. Este sucesso de erradicação só foi naturalmente possível porque o único hospedeiro do vírus era o ser humano, pois o vírus é incapaz de infectar quaisquer outras células.

Sintomas:
As primeiras manifestações da varíola são febre, dor de cabeça, moleza, dores lombares, dor nas pernas e vômitos. Passada essa fase, começa a erupção cutânea, à primeira vista semelhante à da catapora. As erupções surgem na cabeça e vão descendo pelo resto do corpo; inicialmente, são manchas, em seguida transformam-se em vesículas de tamanho irregular e cheias de pus. Depois de secas, as vesículas ficam se cobertas por ima crosta que cai dentro de 10 dias, deixando cicatrizes profundas.


Aspecto das pústulas provocadas pela Varíola

Obs. : A varíola não tem cura. A única medida eficaz é a vacinação.

Controle (profilaxia)

Aplicação de vacina antivariólica a partir dos 8 meses de idade. Apesar de ainda constar como compulsória, a vacinação antivariólica já não é realizada com regularidade, pois a doença é considerada erradicada. Na eventualidade de surgir algum caso ou suspeita de contágio, há tempo para se fazer a vacina protetora.

Classificada como uma das enfermidades mais devastadoras da história da humanidade, a varíola foi considerada erradicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1980. A última epidemia na Europa foi na Iugoslávia em 1972, e o último caso conhecido ocorreu num homem do Sudão em 1977 (exceto um acidente de laboratório em 1978). Foi possível eliminar a varíola porque só os seres humanos lhe são hospedeiros, só há um sorotipo (logo a imunização protege contra 100% dos casos), e a vacina é eficaz e como vírus vivo que invade ainda que debilmente células, provoca resposta imunitária vigorosa. Além disso a vacina é barata e estável.




Aplicação da vacina

Alunos da T. 3001 – 3º Ano Ensino Médio

GRUPO

Aline
Elaine
Keziane
Lilian
Pâmela
Vanessa
fontes: www.scielo.com.br, www.unicamp.br,
www.usp.br, www.medportal.com.

Um comentário:

  1. Olá, Grupo.
    O reseumo está muito bom. Apesar de exceder o número de palavras indicado, pode preparar a apresentação, pois vocês abordaram várias viremias.
    Bom trabalho.

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